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Ford Ka x Honda Fit: tamanho é documento?

Pelo preço de um Honda Fit básico é possível comprar um Ford Ka completo e ainda sobra. Mas vale a pena?

17/12/2014 - Thiago Moreno / Fotos: Gabriel Aguiar e Thiago Moreno / Fonte: iCarros

Se você precisa de um hatch com bom espaço interno, com certeza já ouviu de alguém que o Honda Fit era uma boa escolha. O modelo recebeu uma nova geração em abril, que ganhou visual mais agressivo e menos “minvan” como nas encarnações anteriores. Além disso, conta desde a versão básica com um prático sistema de levantamento do assento traseiro para levar itens altos.

Tudo muito bom, até ver o preço: R$ 50 mil na versão de entrada. É nesse momento que o leitor do iCarros entra no catálogo e vê que o novo Ford Ka topo de linha custa menos de R$ 45 mil. Daí veio a dúvida: o menor completo ou o maior pelado? Para responder essa dúvida, colocamos lado a lado o Ford Ka SEL 1.5 hatch (R$ 44.990) e o Honda Fit DX 1.5 (R$ 49.900).

O primeiro não é topo de linha por acaso. Tem central multimídia, controles de estabilidade e de tração, rádio com conectividade via Bluetooth e USB, assistente de partida em rampa, banco do motorista com regulagem de altura e faróis de neblina. Isso tudo além dos básicos direção elétrica, ar-condicionado, vidros elétricos nas quatro portas e travas elétricas. O Fit DX é bem mais espartano: tem apenas direção com assistência elétrica, ar-condicionado e vidros e travas elétricas. As rodas são de ferro com calotas e nem alto-falantes vêm de série. A versão LX manual das fotos acrescenta rodas de liga leve, rádio com Bluetooth, espelhos com regulagem elétrica e ajuste de altura para o banco do motorista, mas custa R$ 54.200.

Pequeno, eu?

Apesar de ser o carro de entrada da Ford, o Ka hatch não tem nada de pequeno. São 3,9 m de comprimento, 1,5 m de altura e 1,7 m de largura com 2,5 m de entre-eixos. São as mesmas medidas do Fit, à exceção do comprimento, que é de 4 m no Honda. Tal diferença se traduz no porta-malas maior: 363 litros contra 257 litros do Ka.

Mesmo sendo similar, o Fit ganha na guerra do espaço, oferecendo uma cabine mais arejada e espaço real para três adultos no banco traseiro. Isso é consequência do formato do carro, mais próximo às minivans e com o painel quase sobre o motor. O Ka não é apertado, inclusive oferece bom espaço para a cabeça e para as penas, mas um terceiro carona lá atrás se espreme.

Quanto ao acabamento, ambos usam plásticos rígidos, mas no Ford o comprador sabe que se tratada de um modelo de entrada com preço inicial na casa dos R$ 35 mil. Fica feio mesmo é para a Honda que, apesar da boa montagem das peças, não sai por menos de R$ 50 mil e não oferece um acabamento nem uma lista de equipamentos que justifique a diferença de preço.

Questão de giro

Tanto o Ford Ka quanto o Honda Fit lançam mão de um motor 1.5 16V flex. O primeiro entrega 110 cv com etanol enquanto o segundo gera 116 cv com o mesmo combustível. A diferença está na natureza dos propulsores. Enquanto o da Ford está claramente acertado para entregar torque em baixos regimes, o da Honda gosta de giro e faz isso bem. O Fit não permite que o motorista se distraia com o acelerador, pois ao menor toque a rotação já passa das 3.000 rpm. O torque do Fit é maior, 15,3 kgfm com etanol, mas os 14,9 kgfm do Ka aparecem antes.

Fazendo proveito da força em baixa, a Ford adotou um câmbio mais longo para o Ka 1.5. O resultado é que, a 120 km/h, o Fit já está batendo na porta das 4.000 rpm, enquanto o Ka mal passou das 3.000 rpm. Em longos percursos rodoviários, o Honda incomoda pelo ruído gerado nesse regime. Já o Ford é mais confortável acusticamente e, na teoria, exige menos do motor e aumenta a autonomia. Ambos possuem transmissão manual de cinco velocidades.

Quanto ao comportamento dinâmico, o Fit ainda está mais para uma minivan mesmo. Não que ele oscile nas curvas, pois o acerto de suspensão é firme, mas não envolve o motorista na direção. Pelo contrário, o isola do que está acontecendo nas rodas com uma direção elétrica muito leve e que exige muito esterço para virar o carro.

Já o Ka é bem mais dinâmico e divertido. A assistência da direção deixa o volante mais firme, não artificialmente leve como no Honda. Além disso, exige menos voltas do volante. Em suma, o Ford é mais divertido, mesmo não sendo mais aquele carro pequenininho da década de 1990 que fazia curvas como um kart - o que é uma pena -, mas a Ford precisou comprometer um pouco da diversão para fazer um carro mais seguro e confortável com apelo para um público maior.

Veredicto de Thiago Moreno - Você tem que precisar muito de porta-malas para pagar mais pelo Honda Fit. O Ka é mais barato, divertido e equipado que o rival sem deixar os passageiros no aperto e, por isso, leva o comparativo.
 

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